Como podemos observar no texto de Homero Luís Alves de Lima, Corpo cyborg e o dispositivo das novas tecnologias, que os avanços tecnológicos estão impulsionando cada vez mais a correção de certas “imperfeições” (se as mesmas existirem) em corpos humanos.
Corações, tecidos, rins, fígados, todos artificiais, já estão sendo testados e fabricados pela bioengenharia em seres humanos. Pois, como se sabe, já é possível construir vida em laboratório. O DNA de um determinado ser humano já pode ser decifrado, ou melhor, digitalizado. Corpos e máquinas que antes pareciam separados agora estão se misturando. Estamos na era da “mecanização do humano” ou seria melhor dizer da “vitalização das máquinas”?
A tecnologia invade o biológico e a recíproca também é verdadeira: a biologia invade o mundo das máquinas. Hoje, não está claro onde termina o humano e começa a máquina ou onde termina a máquina e começa o humano.
Então o que somos nós: Humanos ou máquinas? Ou a mistura dos dois: cyborgs – o “humano-tecnológico”?
Não há nada de assustador nisso. Atualmente, há muitos ciborgues em nossa sociedade. Não se referindo apenas aos robocops, mas sim a qualquer pessoa com um órgão artificial ou uma prótese implantada ou até mesmo usando um aparelho de marcapasso.
Observe as imagens abaixo:
Então, como questiona Haraway, "Por que nossos corpos devem terminar na pele?"
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